Dificuldades para buscar ajuda
Pode-se dizer que um dos motivos que fazem com que as pessoas não busquem ajuda para depressão é o estigma existente em torno da doença. Nota-se que um muitas sociedades, indivíduos com pensamentos depressivos são estigmatizados, sendo até mesmo excluídos do convívio social.
Ou seja, esses estereótipos negativos, o preconceito e a discriminação rotulados pela sociedade, criam barreiras para a busca de tratamento.
Outro fator que dificulta é a preocupação com a confidencialidade. Muitas pessoas podem temer o banimento institucional (empresa, universidade, grupos sociais) em decorrência de uma licença médica involuntária.
Outros motivos incluem a falta de informação e a dificuldade em acessar serviços de saúde mental, assim como do desejo de lidar com esses sintomas por conta própria.
Wang et al., 2021
W. Kihara

Procedimentos que envolve o tratamento para a depressão
O tratamento da depressão tem como objetivo ampliar a consciência do indivíduo e melhorar a sua qualidade de vida.
Ações educativas que aumentem o conhecimento sobre a depressão podem ampliar o comportamento de busca de ajuda.
Os objetivos gerais do tratamento de qualquer nível do transtorno depressivo devem incluir:
- aliviar os sintomas;
- identificar e tratar possíveis comorbidades associadas;
- criar estratégias para inclusão;
- reduzir o risco de autoagressão.
Para tanto, intervenções bem-sucedidas, geralmente, consideram as múltiplas características no âmbito biológico, psicológico e social. Assim como, o estilo de vida do indivíduo.
Wang et al., 2021
W. Kihara

Modelo utilizado no tratamento da depressão
O Modelo de oito estágios proposto p or Hetrick et al. (2008) auxilia na classificação da depressão. Dessa forma, auxilia na escolha de intervenções mais adequadas para determinado estágio.
Trata-se de um modelo que leva em consideração a cognição e o funcionamento do indivíduo.
Seguem os estágios do Modelo:
Estágio 0: fase latente com risco aumentado de ansiedade ou transtorno depressivo. É uma fase assintomática.
Estágio 1: o indivíduo pode apresentar sintomas leves ou inespecíficos de ansiedade ou depressão, incluindo déficits cognitivos e declínio funcional leve.
Estágio 1a: sintomas moderados, tímidos, de ansiedade ou depressão, juntamente com declínio cognitivo e funcional moderado.
Estágio 2: experiência de um primeiro episódio de Transtorno Depressivo Maior, junto com um declínio cognitivo e funcional moderado a grave.
Estágio 3a: remissão incompleta do Transtorno Depressivo Maior.
Estágio 3b: recorrência ou recaída do Transtorno Depressivo Maior.
Estágio 3c: o indivíduo vivencia muitas recaídas.
Estágio 4: considerada uma fase considerada grave, persistente ou ininterrupta.
Fuente-Toma´s & García-Portilla, 2021
W. Kihara

Benefícios de compreender os estágios da depressão
- Utiliza-se de intervenções direcionadas;
- Identifica a intensidade da doença;
- Favorece a psicoeducação;
- Contribui para uma alfabetização em saúde mental;
- Identifica sinais precoces de uma possível evolução da depressão;
- Identifica indivíduos com alto risco;
- Evidencia a importância da intervenção precoce;
- Aponta a combinação ou não de farmacoterapia e psicoterapia;
- Apresenta evidências a favor da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) no tratamento da depressão;
- Promove o bem-estar psicológico;
- Aprimora habilidades de enfrentamento.
Fuente-Toma´s & García-Portilla, 2021
W. Kihara
